Que o Tomás é o que de melhor tenho nesta vida não há dúvidas!
Não é tudo, mas é de facto “mais que tudo”!
Mas... será egoísmo dizer que apesar de “tudo” me sinto terrivelmente cansada?! Esgotada?! Ansiosa e carente?!...
Ser mãe é algo que nem sequer tem definição mas tem sempre este adjectivo associado a tudo o resto que nos enche por dentro: cansativo! Muito cansativo!...
Ele é os dentes, ele é as viroses, as gripes, as birras para comer, as birras para dormir, as alergias, os famosos vícios, os irritantes percentis – será que está no “percentil ideal?”, os primeiros passos, a energia desenfreada que nos põe à prova a todo o momento e que parece nunca ter fim... não é fácil! E no dia seguinte não há nem pode haver tarefas por cumprir ou incompetências no trabalho!
Hoje, de facto, sinto-me particularmente cansada e a precisar também de fazer birras e exigir mimos, será egoísmo? Sei lá e também não importa porque sei que logo à tardinha quando o for buscar à ama me vou derreter e engolir o cansaço para digerir mais tarde porque para já não há tempo nem espaço porque tu meu anjinho és “mais que tudo” e o resto não importa...
27.4.05
21.4.05
12.4.05
11.4.05
Mamã!!!!
Ontem pronunciaste pela primeira vez a singela mas mágica palavra: mamã!!
Fiquei radiante! e depois parecia que tinhas percebido a minha felicidade e para me deixar ainda mais nos píncaros não paravas de dizer: mamã, mamã, mamã!...
De facto sente-se algo grande dentro de nós, muito grande: que não acabamos alí, que temos continuidade, que há um refelxo de nós mesmos a pairar algures, que precisa da nossa entrega e dos nossos cuidados.
Quando se tem um filho há futilidades que deixam de fazer sentido, há carências que desaparecem, há vazios que pura e simplesmente se preenchem!
Desde que me lembro de ter começado a sentir e fundamentalmente a pensar e sem nunca conseguir explicar bem porquê, havia momentos em que sentia um espaço vazio dentro de mim, que jámais conseguia preencher, parecia que tinha tudo para ser feliz mas que faltava sempre um pouco mais... só mais um pouco! Nunca percebi nada bem este sentimento que teimava em nunca me abandonar e pronto, de tempos a tempos lá estava ele teimosamente a demonstrar-me que não era tudo, que me faltava algo... Pois bem posso dizer-te Tomás que desde que tu existes, pura e simplesmente deixei de sentir este vazio doentio e ininteligivel e olha que já lá vão mais de nove meses!...(Acho que estou curada!)
A conclusão a que chego é que de facto me faltavas tu e era a ti que sempre procurava!...Conseguiste unir esse pecacito de mim própria que não se sentia completa só comigo, que também te queria a ti.
Sinto-me um ser humano muito melhor desde que tu nasceste, sinto-me muito mais envolvida no mundo, neste mundo em que vivemos - é incrível como com apenas nove meses nos consegues ensinar tanto, com uma energia plenamente contagiante consegues levar-nos a redescobrir e a reinventar até a nossa própria forma de ser e de agir!
E aqui estou, a escrever outra vez sem deixar de pensar em ti, no teu rosto, na tua expressão, na tua forma tão única de te expressares e afirmares, sempre pronto e disposto a desafiar para mais uma brincadeira, sempre curioso e atento a tudo e todos. AMO-TE!...
Fiquei radiante! e depois parecia que tinhas percebido a minha felicidade e para me deixar ainda mais nos píncaros não paravas de dizer: mamã, mamã, mamã!...
De facto sente-se algo grande dentro de nós, muito grande: que não acabamos alí, que temos continuidade, que há um refelxo de nós mesmos a pairar algures, que precisa da nossa entrega e dos nossos cuidados.
Quando se tem um filho há futilidades que deixam de fazer sentido, há carências que desaparecem, há vazios que pura e simplesmente se preenchem!
Desde que me lembro de ter começado a sentir e fundamentalmente a pensar e sem nunca conseguir explicar bem porquê, havia momentos em que sentia um espaço vazio dentro de mim, que jámais conseguia preencher, parecia que tinha tudo para ser feliz mas que faltava sempre um pouco mais... só mais um pouco! Nunca percebi nada bem este sentimento que teimava em nunca me abandonar e pronto, de tempos a tempos lá estava ele teimosamente a demonstrar-me que não era tudo, que me faltava algo... Pois bem posso dizer-te Tomás que desde que tu existes, pura e simplesmente deixei de sentir este vazio doentio e ininteligivel e olha que já lá vão mais de nove meses!...(Acho que estou curada!)
A conclusão a que chego é que de facto me faltavas tu e era a ti que sempre procurava!...Conseguiste unir esse pecacito de mim própria que não se sentia completa só comigo, que também te queria a ti.
Sinto-me um ser humano muito melhor desde que tu nasceste, sinto-me muito mais envolvida no mundo, neste mundo em que vivemos - é incrível como com apenas nove meses nos consegues ensinar tanto, com uma energia plenamente contagiante consegues levar-nos a redescobrir e a reinventar até a nossa própria forma de ser e de agir!
E aqui estou, a escrever outra vez sem deixar de pensar em ti, no teu rosto, na tua expressão, na tua forma tão única de te expressares e afirmares, sempre pronto e disposto a desafiar para mais uma brincadeira, sempre curioso e atento a tudo e todos. AMO-TE!...
5.4.05
Doentinho!
Estás doentinho! Tudo começou no fim de semana passado, nós a dizer que eram os dentes que finalmente queriam mostrar-se, depois começámos a perceber-te rouco e com tosse - oh não constipou-se! e finalmente ontem parecias ter uma inflamação nos olhos, será uma conjuntivite?
Vamos hoje à tua pediatra para que ela sim, possa fazer o diagnóstico e dizer-nos o que se passa contigo!
Ontem, e como andas a dormir muitíssimo mal, foi a minha "noite" de ficar contigo. Passámos a noite num despertar quase contínuo, acordavas constantemente com muitas dores e eu sentia-me pura e simplesmente impotente, não sabia como te sossegar, como te ajudar, em suma como fazer desaparecer, qual toque de magia, todas as tuas dores e aflições!...
Após uma longa e interminável noite, lá amanheceu, mas sem a bonança que tanto esperava.
Estavas mais murcho e mais triste do que o costume, com um cansaço enorme que te invadia o corpo e que a mim, sinceramente me deixava frustrada...por não conseguir estar "para cima", por não te conseguir ajudar!
Com o passar do dia, as previsões não eram nada animadoras: passou de um para dois o número de doentes lá em casa: em vez de te ajudar, juntei-me a ti e sinto que também tenho aí uma gripe à espreita...
O teu pái é que anda numa roda viva, sem saber o que fazer conosco...e a pensar sériamente em pedir auxílio aos teus avós ( e meus páis)!
A ver vamos!
Vamos hoje à tua pediatra para que ela sim, possa fazer o diagnóstico e dizer-nos o que se passa contigo!
Ontem, e como andas a dormir muitíssimo mal, foi a minha "noite" de ficar contigo. Passámos a noite num despertar quase contínuo, acordavas constantemente com muitas dores e eu sentia-me pura e simplesmente impotente, não sabia como te sossegar, como te ajudar, em suma como fazer desaparecer, qual toque de magia, todas as tuas dores e aflições!...
Após uma longa e interminável noite, lá amanheceu, mas sem a bonança que tanto esperava.
Estavas mais murcho e mais triste do que o costume, com um cansaço enorme que te invadia o corpo e que a mim, sinceramente me deixava frustrada...por não conseguir estar "para cima", por não te conseguir ajudar!
Com o passar do dia, as previsões não eram nada animadoras: passou de um para dois o número de doentes lá em casa: em vez de te ajudar, juntei-me a ti e sinto que também tenho aí uma gripe à espreita...
O teu pái é que anda numa roda viva, sem saber o que fazer conosco...e a pensar sériamente em pedir auxílio aos teus avós ( e meus páis)!
A ver vamos!
1.4.05
Actualmente... e a partir daqui!
E pronto! contei a nossa história até hoje!
A partir daqui falarei directamente contigo meu mais que tudo! vai ser uma conversa nossa (ou mais minha), repleta de desabafos, emoções, surpresas e outros sentimentos que a todo o momento vamos sentindo nesta nova posição que a vida nos proporcionou e que espero poder desempenhar da melhor forma... ou pelo menos da minha forma, da forma humana!
Amo-te mais do que a tudo na vida e sinceramente quero conseguir e poder demontrá-lo a todo o momento, sem reservas e sem deixar para depois, porque agora é sempre o momento certo!
Até sempre meu amor!
A partir daqui falarei directamente contigo meu mais que tudo! vai ser uma conversa nossa (ou mais minha), repleta de desabafos, emoções, surpresas e outros sentimentos que a todo o momento vamos sentindo nesta nova posição que a vida nos proporcionou e que espero poder desempenhar da melhor forma... ou pelo menos da minha forma, da forma humana!
Amo-te mais do que a tudo na vida e sinceramente quero conseguir e poder demontrá-lo a todo o momento, sem reservas e sem deixar para depois, porque agora é sempre o momento certo!
Até sempre meu amor!
O pós-parto!
O Tomás pesava 2,715 Kg e media 48 cm, era tão fofinho!
Tinha ( e tem) uns olhos escuros, grandes, expressivos e muito curiosos...quase que a querem devorar o mundo!
Sempre foi muito activo, observador e curioso, mas também meigo e muito simpático.
Tinha ( e tem) uns olhos escuros, grandes, expressivos e muito curiosos...quase que a querem devorar o mundo!
Sempre foi muito activo, observador e curioso, mas também meigo e muito simpático.
E... Nasceu!
Nasceu o Tomás, ainda inesperadamente e com apenas 38 semanas de gravidez!
Dia 24 de Junho às 00 horas, consegui sentir o inexplicável e finalmente... vimo-nos!
O parto foi indolor até por volta das 21 horas (tinha tomado epidural), mas depois a medicação não surtiu efeito e soube o que era ter um filho com dor! Embora pondo em prática tudo o que aprendi nas aulas de preparação para o parto, a dor era forte e díficil de suportar.
O periodo expulsivo foi muito, muito doloroso e na fase final foi necessário o uso de ventosas.
Os momentos imediatamente após o nascimento foram de grande emoção e foi o pai a 1ª pessoa a pegar-lhe ao colo!
Só regressaríamos a casa, oito dias após o nascimento do Tomás pois como teve que fazer fototerapia, ficámos mais dias no hospital do que os imaginados.
Dia 24 de Junho às 00 horas, consegui sentir o inexplicável e finalmente... vimo-nos!
O parto foi indolor até por volta das 21 horas (tinha tomado epidural), mas depois a medicação não surtiu efeito e soube o que era ter um filho com dor! Embora pondo em prática tudo o que aprendi nas aulas de preparação para o parto, a dor era forte e díficil de suportar.
O periodo expulsivo foi muito, muito doloroso e na fase final foi necessário o uso de ventosas.
Os momentos imediatamente após o nascimento foram de grande emoção e foi o pai a 1ª pessoa a pegar-lhe ao colo!
Só regressaríamos a casa, oito dias após o nascimento do Tomás pois como teve que fazer fototerapia, ficámos mais dias no hospital do que os imaginados.
Surgiram muitos imprevistos...dolorosos!
Passei por momentos muito difíceis: foi detectado um tumor na próstata ao meu pai!
Ele está forte e optimista, aliás como sempre!( já não é a 1ª vez que passa por uma situação destas, já ultrapasou um perído crítico em que lhe foi detectado um tumor benigno no cérebro, foi operado, entrou em coma, mas recuperou totalmente).
Admiro-o tanto!...
A minha barriga crescia a olhos vistos e o Tomás mexia-se constantemente.
A minha gravidez decorria com a normalidade necessária, consciente dos abalos mas com a firmeza necessária!
Ele está forte e optimista, aliás como sempre!( já não é a 1ª vez que passa por uma situação destas, já ultrapasou um perído crítico em que lhe foi detectado um tumor benigno no cérebro, foi operado, entrou em coma, mas recuperou totalmente).
Admiro-o tanto!...
A minha barriga crescia a olhos vistos e o Tomás mexia-se constantemente.
A minha gravidez decorria com a normalidade necessária, consciente dos abalos mas com a firmeza necessária!
A aventura começou!
Após a confirmação da gravidez, naquela Terça-Feira, senti o "arranque" do motor para uma série imperceptível de emoções que se geraram dentro de mim: surpresa,alegria, incredulidade, medo, tensão, emoção...
Seguiram-se algumas semanas críticas em que a médica me recomendou sensatez e repouso, no entanto estava a dar um curso de formação, que não era possível interromper e continuei a trabalhar, com a normalidade possível.
Associado ao medo de que algo corresse mal com o bebé, estava o facto de ter assumido um compromisso profissional que exigia o seu cumprimento. Não é fácil gerir estas situações principalmente quando o emprego em causa é instável e para que possa continuar a desenvolvê-lo, exigia-se o seu total cumprimento.
Não foi fácil, nem simples...mas conseguímos!
Seguiram-se os sintomas próprios do meu estado: sono, sensação de cansaço, dores musculares, enjoos, alterações de humos, hiper-sensibilidade, e outros afins...Ainda fiquei doente com gripe e como perdi o apetite lá fui parar ao hospital com hipoglicémia!
Às 16 semanas soube o sexo do bébé: um rapaz!
Sinceramente, por mim era indiferente, até acho uma fútilidade!
Decidimos o nome do nosso filho: Tomás, e eram momentos de verdadeiro encantamente os que vivíamos.
Eu sentía-me feliz e em forma, embora sempre a engordar...Também houve muita gente que sempre me apoiou e estiveram sempre presentes e sempre cúmplices, em especial a minha mãe que além de tudo é uma grande amiga, a minha "irmã adoptiva", a minha familia e os meus bons amigos... o meu melhor obrigada a todos!...
Seguiram-se algumas semanas críticas em que a médica me recomendou sensatez e repouso, no entanto estava a dar um curso de formação, que não era possível interromper e continuei a trabalhar, com a normalidade possível.
Associado ao medo de que algo corresse mal com o bebé, estava o facto de ter assumido um compromisso profissional que exigia o seu cumprimento. Não é fácil gerir estas situações principalmente quando o emprego em causa é instável e para que possa continuar a desenvolvê-lo, exigia-se o seu total cumprimento.
Não foi fácil, nem simples...mas conseguímos!
Seguiram-se os sintomas próprios do meu estado: sono, sensação de cansaço, dores musculares, enjoos, alterações de humos, hiper-sensibilidade, e outros afins...Ainda fiquei doente com gripe e como perdi o apetite lá fui parar ao hospital com hipoglicémia!
Às 16 semanas soube o sexo do bébé: um rapaz!
Sinceramente, por mim era indiferente, até acho uma fútilidade!
Decidimos o nome do nosso filho: Tomás, e eram momentos de verdadeiro encantamente os que vivíamos.
Eu sentía-me feliz e em forma, embora sempre a engordar...Também houve muita gente que sempre me apoiou e estiveram sempre presentes e sempre cúmplices, em especial a minha mãe que além de tudo é uma grande amiga, a minha "irmã adoptiva", a minha familia e os meus bons amigos... o meu melhor obrigada a todos!...
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